O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), conselheiro Kennedy Barros, acertou ontem com o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Ítalo Costa, que nos próximos dias será realizada uma audiência pública com a participação da Câmara Municipal de Teresina (CMT) para discutir entre as partes os achados da auditoria realizada na saúde municipal da capital.
Por telefone, Kennedy Barros acertou com o presidente da CMT, Enzo Samuel, que será realizada uma reunião prévia entre as partes. Ítalo Costa esteve na manhã de hoje (03) no TCE para agradecer o trabalho dos técnicos do TCE e ratificar os termos do ajuste acertado entre as instituições, o que, segundo suas palavras, vai ajudar muito a sua gestão a encontrar os rumos para melhorar a saúde pública da capital.
Ele disse que o documento técnico foi gestado exatamente quando ele estava assumindo a FMS, no dia 10 de janeiro passado, e isso vai ajudar a nortear as metas que precisam ser alcançadas para fazer com que os serviços de saúde alcancem patamares mais satisfatórios para a população.
Kennedy Barros afirmou que o documento não buscou culpados, pois os erros são sistêmicos e oriundos de outras gestões. Com a auditoria, Ítalo Barros ganha um instrumento para dizer que está chegando à FMS para tentar resolver as questões, mas não é mágico para implantar tudo em tempo recorde. “É uma semente que está sendo semeada, será regada e vai germinar. O resultado não será agora, mas no futuro, se as medidas tiveram continuidade nos próximos anos”, disse.
Ítalo Costa disse que uma das medidas que está sendo tomada é a chamada dos municípios que encaminham pacientes para Teresina para que os gastos com a saúde na capital sejam descontado no teto do SUS dessas prefeituras. “Temos dados que indicam uma economia mensal de R$ 2 milhões, valor suficiente para abastecer as 92 UBS regularmente de materiais e medicamentos”, afirmou.
O conselheiro substituto Jaylson Campelo, que participou da conversa, disse que a FMS tem no TCE um órgão sem interferência política e sem a intenção de moldar a gestão da saúde pública, mas apenas fiscalizar e apontar medidas que podem ser adotadas para corrigir as falhas sistêmicas na condução dessa política.