O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) determinou a realização de uma auditoria operacional para avaliar a qualidade dos serviços de urgência e emergência no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O pedido foi realizado pelo Ministério Público de Contas (MPC) que pretende comparar os dados com o relatório da última auditoria realizada pelo Tribunal ainda em 2011.
O relator do processo, conselheiro Luciano Nunes, explicou que há muitas reclamações da população em relação aos serviços prestados pelo HUT sendo necessário que o Tribunal, dentro de suas atribuições, faça essa auditoria operacional, razão pela qual acolhia o pedido do MPC. O voto foi acompanhado por unanimidade pelos demais conselheiros presentes na última sessão do Pleno, realizada na última quinta (16). A auditoria será executada pela Diretoria de Fiscalização Municipal (DFAM).
Na fiscalização realizada há oito anos, os auditores de controle externo do TCE-PI listaram uma série de falhas graves no HUT como demora na realização cirurgias de urgências programadas; descumprimento de carga horária; sobrecarga de trabalho para os médicos anestesistas no momento do ato cirúrgico; ausência de sistemática de protocolos adotados para atendimento aos pacientes; falhas na limpeza e na segurança; inexistência de autorização de funcionamento da vigilância sanitária; dificuldade em transferir pacientes para outros hospitais; e demanda por atendimento superior à capacidade de atendimento do hospital.
Os auditores do TCE apontaram ainda uma série problemas estruturais e tecnológicos no hospital como inadequação física do centro cirúrgico, na UTI pediátrica, na central de esterilização e enfermarias, além da fragilidade do controle informatizado dos atendimentos prestados aos pacientes.
A nova auditoria vai levantar os principais fatores relacionados à estrutura, aos processos de trabalho e ao desempenho organizacional que impactam na prestação de serviços de urgência e emergência e nos resultados HUT, fazendo uma comparação evolutiva com a última fiscalização realizada em 2011. Os resultados também serão enviados para avaliação do Ministério Público do Estado.