O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) promoveu na manhã de hoje (25) uma apresentação dos objetivos e resultados das 15 missões internacionais realizadas pelo Governo do Estado, como forma de acompanhar e apontar as possíveis falhas, mas também para dar oportunidade de que os resultados positivos fossem apresentados. Participaram como convidados o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, o secretário de Educação, Washington Bandeira, e o secretário da Fazenda, Emílio Júnior.
Ao abrir o evento, o presidente do TCE-PI, conselheiro Kennedy Barros, explicou que a função da Corte de Contas não é apenas de fiscalizar e tomar medidas que pouco atingem o objetivo que a população espera, que é a melhoria do serviço público, mas acompanhar a aplicação das políticas públicas de forma a assegurar que as gestões tenham a oportunidade de chegar a resultados positivos. “A constatação da realidade é tudo o que o tribunal quer, pois não existe a verdade que eu quero, mas apenas a verdade”, disse, acrescentando que o evento não era para discutir ideologia, mas sim para pensar o que é melhor para o Piauí.
Em seguida, Victor Hugo Oliveira anunciou que o Piauí conseguiu captar recursos na ordem de R$ 3 bilhões em cada uma das 15 missões já realizadas, somando cerca de R$ 45 milhões que estão ou serão investidos nos próximos anos. Ele disse que são investimentos nas áreas que o governo priorizou como o agro, mineração, energias renováveis, inovação tecnológica, turismo e logística. Afirmou também que o governador Rafael Fonteles não planeja esses investimentos para a sua gestão, mas para os governos futuros. “Quando ele assumiu elencou a abertura econômica do Estado, o choque educacional e tecnológico e a busca por uma estabilidade fiscal e institucional duradoura”, assegurou.
Nas 15 missões foram visitados 21 países, sendo que em duas delas Rafael Fonteles foi a convite do presidente Lula e em duas representando o Consórcio Nordeste. Mais de 100 empresários participaram dessas missões pagando as suas próprias despesas e abrindo portas para novos negócios, o que fez com que os produtos piauienses chegassem àqueles mercados. A última viagem do governador vai acontecer no segundo semestre do próximo ano, quando ele vai à China.
O secretário Washington Bandeira falou sobre o principal projeto do Estado na área da educação, que são as escolas de tempo integral. Ele ressaltou que o Piauí tem 100% das escolas de ensino médio com aulas nos dois turnos e com os cursos técnicos sendo ofertados a mais de 80 mil alunos. “Todos recebem disciplinas inovadoras que refletem a realidade do mercado. Em Piripiri temos ensino de mineração. Em outras escolas temos salas de tecnologia, temos cursos de áudio e vídeo, de empreendedorismo, de programação de jogos digitais, dentre outros 35 cursos”, disse.
Bandeira também destacou que as missões internacionais possibilitaram programas como o Seduckathon, que já levou alunos e professores para intercâmbio em diversos países, o Inteligência Artificial Seduc, Robótica Seduc. “O grande desafio é finalizar o processo estruturante, com as salas de inovação, salas de saúde digital em todas as escolas. Já climatizamos 100% das escolas em Teresina e chegamos a 75% no Estado. Estamos criando a Escola de Cinema, onde era o Cine Rex e temos muitos resultados como os melhores do Nordeste e do Brasil”, frisou.
Finalizando e evento, o secretário Emílio Júnior explicou que tudo que é planejado precisa de recursos e se o Piauí contasse apenas com a arrecadação própria teria apenas cerca de R$ 500 milhões para todos os investimentos. É por isso que o governo busca empréstimos e a mesmo tempo capta investimentos para estruturar a economia do Estado.
Ele falou também que o Piauí tem um superávit de R$ 522 milhões na balança comercial, pois enquanto exporta R$ 768 milhões importa apenas R$ 245 milhões. O principal parceiro comercial é a China, que compra 66% de tudo que o Piauí vende no exterior. “Quando o mercado chinês compra das empresas do Piauí ele ajuda a criar empregos aqui, ajuda a gerar mais consumo e mais imposto e isso influi no PIB. Tanto ganha a empresa, ganha o município e ganha o Estado”, frisou.